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2.5.03

Rebolar de olhos fechados


ANTÓNIO RIBEIRO FERREIRA, Director adjunto DN

Umas «bombas» compradas sem receita numa farmácia voltaram a pôr-me como novo. E como o meu regresso a Lisboa não é para já _ mas voltarei para ler e ouvir de novo os derrotados desta guerra do Iraque _, lá andei por Fallujah a ver o triste espectáculo de manipuladores políticos de quarta classe, escondidos atrás da religião e das saudades de Saddam. Uma mistura explosiva que matou 20 pessoas.
Bem, deixemos as coisas tristes. Disse-me o satélite que os pacifistas andam azedos, sem sentido de humor, amarelos de raiva por terem perdido em toda a linha.
Aqui vai um conselho. Como as manifestações contra a guerra já deram o que tinham a dar, venham até Bagdad. Todos os dias, uns tantos profissionais gritam que se fartam contra Bush em frente do Hotel Palestina. E recebem uns dólares pelo sacrifício. Férias pagas no Iraque é um luxo para poucos.
Quem é amigo, quem é? E não se preocupem com o caos no trânsito e a falta de segurança. Podiam perfeitamente rebolar do local da manifestação até ao átrio do hotel.
De olhos fechados, para não verem os soldados norte-americanos

DN de hoje

19:03


29.4.03

Vai um cafezinho?



Mas afinal, o que raio será preciso para aparecer nos blogues da moda? Hem? Num daqueles com pinta, género Coluna Infame, ou Gato Fedorento, ou ainda, vá lá, sejamos modestos, Os Marretas.
Hmmm? Hem, filhos, dizei. Aqui o Bloco-notas rói-se de inveja. Será do nome? Talvez se mudar para uma coisa mais levezinha, tipo Blogue Filho da Puta, ou com seu toque politicamente incorrecto, vejamos, talvez Foda-ce Blog. É frustrante à brava a gente fartar-se de escrever, de preferência sem grandes erros de Português, e depois vai-se a ver e ninguém toma conhecimento, o contador não avança, o cabrão, qualquer dia tiro daqui aquela merda.
Para os maçaricos e outros inexperientes em geral, até ameaço que estou a pensar em lançar aqui um manual de iniciação ao bloguismo. E avanço já com a primeira regra: bem podem fabricar a maior cagada que for possível, e esmerarem-se no discurso laudatório, bajulatório e mictórico; isso não interessa nada; por mais que se esmifrem, o "sucesso" na blogosfera mede-se apenas por três índices: o de audiências, o de referências e o de outras coisas acabadas em ências, como parvoices ou alarvidades. E estes índices dependem em exclusivo do número, tipo e qualidade dos amigos. Uma simples referência no "Expresso" é sucesso garantido. Os bloguistas militantes constituem um círculo fechado (os tais "amigos" uns dos outros), trocam os respectivos endereços, sempre os mesmos, como se fossem cromos, e pronto. Pimba. Ecce blogae.
Mas enfim, note-se que usei a lusitaníssima expressão "estou a pensar em". Logo, não vou fazer nada disso. Bem entendido.
E, de resto, o manual resume-se àquilo mesmo.

14:40



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